Apenas quando aceitei, sem contestações
e por simples clarividências, que a verdadeira fé nasce do firmamento convicto
naquilo que não se vê, compreendi, sem resíduo de descrença, que existe e
existirá sempre uma força infinitamente maior e mais sábia que os ensaios de
meus desejos. E mesmo revoltoso com fatos inesperados que subtraírem alguns dos
meus melhores sonhos, não corromperei minha moral ou trapacearei meus próprios
princípios. Porque descobri, também, que as circunstâncias adversas não
funcionarão como justificativas íntegras para remodelar a solidez do meu
caráter.
Cedo ou tarde, entendi que estar sem
dinheiro não me eximia em nada de ser bondoso. Muitas vezes, os maiores gestos
de caridade não me custavam mais do que a mísera migalha de saber partilhar da
minha própria alegria.
Aprendi um dia que amar alguém com toda
minha força não significava lançar sobre ela o estorvo de preencher as lacunas
das minhas exigências, pois reconheci que, por maior esforço feito, nem sempre
corresponderia às rigorosas expectativas alheias.
Compreendi, ainda, que ser livre não me
credenciava como dono único da minha própria vida. Afinal, existem e existirão
sempre pessoas ansiadas pelos meus regressos.
Mas, somente quando detive o dom de
enxergar através das lentes de limitação dos humanos incrédulos, aceitei
inteiramente essa plenitude divina que chamamos Deus. Obrigado Pai, pelo
milagre mágico da vida, pela glória de me fazer um eterno aprendiz e,
principalmente, pelo “toque torto” em ter-me feito tão DDA assim.
Agradeço a intercessão de Nossa Senhora,
revigorando-me nas apatias das derrotas e erguendo-me nas vezes em que pensei
covardemente desistir. Às inexplicáveis forças ocultas que surgem fantasiadas
de pura intuição e me fazem mudar de ideia do nada. Agradeço, também, aos
espíritos de luz que me conduzem pelos caminhos mais claros, e aos anjos guias,
que me fazem sempre encontrar uma saída, quando a teimosia insiste em
debandar-me pelos traiçoeiros atalhos tortos.
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