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sexta-feira, 24 de julho de 2009

A DECADÊNCIA DA LITERATURA NACIONAL


Não partilho de ideologias xenofóbicas, vago longe do radicalismo patriótico e nem sustento alguma espécie de aversão ao novo: compreendo que toda e qualquer manifestação artística tenha a liberdade plena de intercambiar afora das fronteiras linguísticas: permutando-se adiante das variações de gêneros, estilos e dialetos. Contudo, o excesso de importação literária nos últimos anos aponta para um vasto atravancamento na evolução da nossa própria língua: dos 60 títulos de livros mais vendidos no país atualmente – subdivididos em ficção, não-ficção, auto-ajuda e esoterismo – apenas 17 são de autores Brasileiros ( http://veja.abril.com.br/livros_mais_vendidos/).
É lamentável – e igualmente preocupante – transitarmos hoje por diversas livrarias nacionais, e permeio as prateleiras tomadas de Best Sellers importados não encontrarmos mais os nossos grandes autores sendo enaltecidos e prestigiados como os novos “Códigos da Vinci Genéricos”. Se continuarmos aferindo o sucesso estrangeiro, comprando os mesmos livros divulgados no Ranking do New York Times perderemos brevemente o nosso próprio termômetro referencial.

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